quinta-feira, novembro 25, 2010

Uróboro

Há quantos fins para um mesmo fim se o recomeço não se despede de mim?

Um dia pensei que era um bom menino

Havia tanto azul naquela cor

Coloria a vida que pensei que sou

O cadillac atropela a pin-up


Glamour


Derrama-se em vermelho a cor

O vento veio e algo se alterou

A linha do menino arrebentou

A pipa rasga no céu a palavra amor

sexta-feira, novembro 19, 2010

Ó minhas deusas egípcias

Quantos lábios lambestes

Quantos pintos perscrustastes

Com quantos homens vos deitastes

Para restardes assim

Tão fadigadas

E tão felizes?

segunda-feira, novembro 08, 2010

Bicicletário

O sol ilumina a poesia
que sai da boca da cantora
algumas pessoas dançam
outras cantam
sentadas na grama
quase todos se divertem
jogos, beijos, sorrisos

A felicidade à vontade ali
no gramado ocupado do Bicicletário
junto ao sol, à poesia e à música

Ele também se diverte
sem entender a lágrima
que insiste
por trás dos óculos escuros