Na aula, não entendeu nada
Porque não prestou atenção
Tentava se concentrar, mas
De repente
Quando percebia
Já estava voando de novo
Achou que tinha algum problema
Lembrou de uma palestra
A droga faz perder a concentração
Mas faz tempo que não toma nada
Nem sai direito
A última vez foi na festa do Kill
Junto com vinho barato
Mas nem tinha sentido nada
Não bateu
Foi no dia em que a Aninha
E a Fifi se pegaram na porrada
Por causa do Jeferson
Que saiu com a Andréa
Filho da puta
Como é que pode o cara
E ela, a Andréa, falava que tinha raiva dele
Que era canalha, oferecido
E eu ali escutando
Dando uma de amigo
Um dia até abracei ela
Que tava mal com a bebida
Vomitou um montão
E eu ali escutando
Ajudando
Ajudei ela a se limpar
Levei pra casa
Ainda dei beijo
Meio com nojo daquela boca vomitada
No dia seguinte ela nem falou nada
Nem agradeceu
Só disse pra gente ir pra festa do Kill
Sábado
Que ia ser legal
Fui pegar pra levar
Andei um montão
Chegamos lá
Olhou o Jéferson, olhou pra mim
Disse péraí que já volto …
3 comentários:
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Aí, malaco, você nem imagina, mas eu tô de botuca nestas paradas.
Já deu pra ver que aqui rola uma poesia com sangue urbano, direta na veia, mas passando pelo coração, feita de dramas de gente tão de verdade que a desgrama chega a ficar engraçada. Eu, que venero Noel, Aldir Blanc e et coetera, agora que achei a sua mina, me dou por achado.
Grande abraço do Beco
Du caralho. Poesia da boa que pega na veia. Estou em casa.
Thadeu
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