quinta-feira, julho 07, 2011

O morto

A morte impõe-nos a ausência

O mundo e o peito esvaziam-se

O nada deixa tudo enorme

Diminuímos

Um dia compreendemos

O morto não partiu

Carregamos o morto dentro

Há que se viver por dois

Honrando-lhe mente e alma

Somos uno em um duplo sutil

Sós, temos um outro que nos socorra

Vida e morte preenchem-nos

Somos três, somos dez, somos mil

Fortes como amor e amizade

Que a terra não cobriu nem o fogo consumiu

Um comentário:

Panda Lemon disse...

Nossa, Luiz! Sou ainda mais sua fã agora. Que coisa linda esse poema. A morte é uma coisa muito punk mesmo. Bjo