sábado, maio 19, 2007

De pai para filho

Maricas!
O adjetivo viajou na memória pelas décadas em que ele não cresceu
Retornou com a companheira raiva
Encarcerada há milênios, agora explodia
Cega ao encontrar a luz
Fez o que fez e não sabe o que
A visão retorna, não a memória
O vermelho do sangue domina o ambiente
No chão, o filho. O único homem que ele realmente amou
Não foi o primeiro ou o único a enfrentá-lo
O primeiro e único a receber o troco
De quem ainda aprendia
Não poderia ensinar ao filho
Como conter as emoções e reações
Não poderia mais
Não mais
Nunca mais

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