segunda-feira, agosto 21, 2006

Treta



A treta estava no ar

Podia respirá-la

Escada abaixo

Entrei

Cheiro de confusão

Mais forte que cigarro

Misturava as notas da banda

Atordoava os olhares das meninas

Não foram nem cinco passos

E a cadeira voou

Direto na cabeça

Acima da orelha

Nem vi quem foi

Doeu pra caralho

Tava no chão

E o povo brigando por cima de mim

Me arrastei prum canto

O sangue escorregando pela orelha

Fiquei ali, espremido, sentado, com as pernas encolhidas

De repente

Do nada

A mão na minha cabeça

Susto

Tirei rápido

Olhei e era a Ritinha:


“Cara, eu vi tudo, você passou bem no meio. Tá doendo?”

E pousou o carinho no meu corte

Nem vi mais briga

4 comentários:

Roberto Prado disse...

Isso aqui está cada vez melhor.

Anônimo disse...

Oi Luiz,
muito massinha!!!!
de passagem ,
bj

polacodabarreirinha disse...

Coloquei link seu em meu blog, porque gosto dos teus textos.

Anônimo disse...

Que lindo! :)